Devido a crises políticas e sociais
Número
de refugiados duplica no mundo inteiro
Mais de 50
milhões de pessoas estavam deslocadas à força em 2013, o valor mais elevado
desde a Segunda Guerra Mundial. Entretanto Moçambique, registou de Janeiro a
Junho deste ano 793 deslocado refere a agência da ONU para os Refugiados
(ACNUR) num relatório divulgada semana finda.
Texto: Elísio Muchanga
A África Subsaariana
regista uma taxa considerável de refugiados ao nível do continente Africano
sendo a República Centro-Africana e o Sudão do Sul com 6,5 milhões de
deslocados.Dados divulgados recentemente pela ACNUR Moçambique indicam que o país acolhe um total de 15,940 mil deslocados, dentre este numero 4,462 são refugiados e 11,478 pedidos de asilo.
Os dados da ACNUR Moçambique, revelam ainda que deste número o maior fluxo de deslocados a Moçambique prove da república democrática do Congo com 8,038 deslocados seguidos do Burundi com 4,124 deslocados e a Somália com 1,961 deslocados.
Só de Janeiro a Junho do presente ano
Moçambique registou um número de deslocados entre pedintes de asilo e
refugiados que totaliza os 793, sendo que deste numero 372 provem da república
democrática do Congo e 230 provem da Somália.
O relatório global da mesma instituição, divulgado na recentemente por ocasião do dia Mundial de refugiados revela que, há 10,7 milhões de novos deslocados em 2013 e 2,5 milhões de novos refugiados, o que é caracterizado como um aumento colossal.
Segundo o
relatório ACNUR, Tendências Globais 2013,
no final de 2013, o número de deslocados fora ou dentro dos seus países atingiu
51,2 milhões, entre os quais 16,7 milhões de refugiados.
Esse total
representa um aumento de seis milhões de pessoas deslocadas em relação aos 45,2
milhões de 2012, que incluíam 15,4 milhões de refugiados.
De acordo com o Alto-comissário
das Nações Unidas para os Refugiados António Guterres, referido no
relatório "Isso demonstra que a paz está seriamente em défice Assistimos a
uma multiplicação de novas crises e ao mesmo tempo antigas crises parecem nunca
acabar e os problemas continuam em vários lugares do mundo", declarou Guterres,
ressaltando a capacidade limitada da comunidade internacional para encontrar
soluções e prevenir crises.“Vemos que o Conselho de Segurança das Nações Unidas está paralisado perante muitos problemas cruciais”, apontou.
A guerra na
Síria é uma das principais causas do aumento, sendo que no ano passado o
conflito gerou 2,5 milhões de refugiados e 6,5 milhões de deslocados internos,
com grandes deslocações de população a ocorrerem também na República
Centro-Africana e no Sudão do Sul.
No relatório
indica-se que do total de refugiados no mundo, 2,56 milhões são originários do
Afeganistão, 2,47 milhões da Síria e 1,12 milhões da Somália.
Os principais
países de acolhimento de refugiados são o Paquistão (1,6 milhões), Irão
(857.400), Líbano (856.500), Jordânia (641.900) e Turquia (609.900).
A região Ásia e
Pacífico contabiliza o maior número de refugiados no mundo, com 3,5 milhões de
pessoas, seguida pela África subsaariana (2,9 milhões) e África do Norte e Meio
Oriente (2,6 milhões).
O
alto-comissário indicou que "86 por cento dos refugiados encontram
acolhimento nos países em vias de desenvolvimento", mais do que os 70% que
passavam a viver nesses países há uma década e que a tendência no mundo é
"mais e mais refugiados a ficarem nos países em desenvolvimento".
No ano passado,
50% dos refugiados eram menores, o maior valor desde há uma década, e foi
registado um número recorde de 25.300 pedidos de asilo de menores de 18 anos
que não estavam acompanhados pelos seus pais.
“Isso é uma nova
tendência que é particularmente preocupante”, salientou António Guterres.
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