Garantiu vereador de transportes
Corredores exclusivo “BRT” iniciam em Julho… Mas governo ainda deve aprovar financiamento
O projecto de construção dos corredores exclusivos de transportes públicos vulgo BRT deverão iniciar em Julho próximo conforme garantiu o vereador dos transportes do município de Maputo João Matlhombe. Matlhombe explicou, durante uma palestra alusiva aos 12 anos da Universidade Tecnica de Mocambique (UDM), que o projecto que ira dinamizar o transporte de passageiro em Maputo e Matola ainda carece de aprovação do sistema de financiamento de transporte por parte do governo.
Texto: Elísio Muchanga
Falando numa palestra alusiva a comemoração dos 12 anos da Universidade Técnica de Moçambique, o vereador dos transporte do município de Maputo João Mathlombe, garantiu que o inicio da construção dos corredores exclusivos vulgos BRT esta marcado para Julho a Agosto do presente ano e seu termino previsto para finais de 2016 a inicio de 2017.
Segundo Matlhombe, estas datas são referente a construçao da linha 1 do projecto que vai atravessar as avenidas Guerra Popular, Acordos de Lusaka, FPLM, Julius Nyerere, terminando na zona de Magoanine.
O Projecto que vai empregar mais 800 trabalhadores na fase de construção, esta orçado em cerca de 225 Milhões de USD incluindo 60 autocarros com uma frota de reserva de 10 autocarros com capacidade de carrega 160 passageiros por viagem e 7500 por hora.
O novo sistema de transporte BRT como deu a conhecer Matlhombe não implicará o aumento da tarifa de transportes públicos apesar deste poder ser atribuído a uma gestão privada.
O projecto BRT refere-se a construção de uma faixa de rodagem somente para os carros do BRT. Para depois acrescentar que com a conclusão do estudo de viabilidade há condições que vão desde a existência do valor para a execução, compra de autocarros, depósito para a recolha dos autocarros e uma área de manutenção.
O Projecto inclui ainda 29 estações de paragens e com um sistema de bilheteira eletrónica
De acordo com o vereador para área de transportes, o desafio do sistema de transporte na cidade de Maputo e Matola passa pelo financiamento, facto que ainda carece de aprovação do governo.
“Se tivermos aprovação do financiamento de transporte todos os planos que estamos a desenvolver seja o BRT e o metro vai se desenvolver de forma natural” frisou o vereador para quem o município já tem modelos de financiamento definidos cabendo ao governo central aprovar e definir onde buscar o dinheiro.
Para o vereador o novo modelo de financiamento do sistema de transporte, o estado é quem tem que subsidiar o passageiro porque neste momento esta a subsidiar as gasolineiras e isto, este errado, porque não beneficia o passageiro, está previsto que o estado contribua com 40 porcento da taxa do passageiro.
“Temos em Maputo e Matola cerca de um milhão de viagens por dia e o estado deve se organizar para pelo menos garantir o subsídio de pelo menos duas viagens de toda a gente que se desloca ao nível metropolitano de Maputo, com esta base o actual cenário de transporte na cidade de Maputo e Matola pode alterar de noite para dia, mas para tal precisa da decisão do governo que também deve saber de onde vem a receita para o financiamento” explicou.
Semelhança do projecto BRT, o projecto de construção de metro também encontra-se refém de financiamento e depende do novo governo decidir chancelar ou reprovar
A instalação de uma linha de metro de superfície e de corredores exclusivos de transporte público urbano fazem parte do Plano Director de Mobilidade de Transporte para a área do Grande Maputo cuja elaboração iniciou em 2012, numa parceria com a Agência de Cooperação Internacional japonesa (JICA).