sexta-feira, 20 de março de 2015


Garantiu vereador de transportes
Corredores exclusivo “BRT” iniciam em Julho

… Mas governo ainda deve aprovar financiamento

O projecto de construção dos corredores exclusivos de transportes públicos vulgo BRT deverão iniciar em Julho próximo conforme garantiu o vereador dos transportes do município de Maputo João Matlhombe. Matlhombe explicou, durante uma palestra alusiva aos 12 anos da Universidade Tecnica de Mocambique (UDM),  que o projecto que ira dinamizar o transporte de passageiro em Maputo e Matola ainda carece de aprovação do sistema de financiamento de transporte por parte do governo.

Texto: Elísio Muchanga
 
Falando numa palestra alusiva a comemoração dos 12 anos da Universidade Técnica de Moçambique, o vereador dos transporte do município de Maputo João Mathlombe, garantiu que o inicio da construção dos corredores exclusivos vulgos BRT esta marcado para Julho a Agosto do presente ano e seu termino previsto para finais de 2016 a inicio de 2017.
Segundo Matlhombe, estas datas são referente a construçao da linha 1 do projecto que vai atravessar as avenidas Guerra Popular, Acordos de Lusaka, FPLM, Julius Nyerere, terminando na zona de Magoanine.

O Projecto que vai empregar mais 800 trabalhadores na fase de construção, esta orçado em cerca de 225 Milhões de USD incluindo 60 autocarros com uma frota de reserva de 10 autocarros com capacidade de carrega 160 passageiros por viagem e 7500 por hora.
O novo sistema de transporte BRT como deu a conhecer Matlhombe não implicará o aumento da tarifa de transportes públicos apesar deste poder ser atribuído a uma gestão privada.
O projecto BRT refere-se a construção de uma faixa de rodagem somente para os carros do BRT. Para depois acrescentar que com a conclusão do estudo de viabilidade há condições que vão desde a existência do valor para a execução, compra de autocarros, depósito para a recolha dos autocarros e uma área de manutenção.

O Projecto inclui ainda 29 estações de paragens e com um sistema de bilheteira eletrónica

De acordo com o vereador para área de transportes, o desafio do sistema de transporte na cidade de Maputo e Matola passa pelo financiamento, facto que ainda carece de aprovação do governo.
“Se tivermos aprovação do financiamento de transporte todos os planos que estamos a desenvolver seja o BRT e o metro vai se desenvolver de forma natural” frisou o vereador para quem o município já tem modelos de financiamento definidos cabendo ao governo central aprovar e definir onde buscar o dinheiro.
Para o vereador o novo modelo de financiamento do sistema de transporte, o estado é quem tem que subsidiar o passageiro porque neste momento esta a subsidiar as gasolineiras e isto, este errado, porque não beneficia o passageiro, está previsto que o estado contribua com 40 porcento da taxa do passageiro.
“Temos em Maputo e Matola cerca de um milhão de viagens por dia e o estado deve se organizar para pelo menos garantir o subsídio de pelo menos duas viagens de toda a gente que se desloca ao nível metropolitano de Maputo, com esta base o actual cenário de transporte na cidade de Maputo e Matola pode alterar de noite para dia, mas para tal precisa da decisão do governo que também deve saber de onde vem a receita para o financiamento” explicou.
Semelhança do projecto BRT, o projecto de construção de metro também encontra-se refém de financiamento e depende do novo governo decidir chancelar ou reprovar 
A instalação de uma linha de metro de superfície e de corredores exclusivos de transporte público urbano fazem parte do Plano Director de Mobilidade de Transporte para a área do Grande Maputo cuja elaboração iniciou em 2012, numa parceria com a Agência de Cooperação Internacional japonesa (JICA).

quinta-feira, 19 de março de 2015


   Não se garante soberania com um exército esfomeado

É com bastante tristeza que acompanhamos semana finda, os problemas que amofinam nossas FDS, a quando da visita do presidente da Republica e comandante em chefe do Forças de Defesa e Segurança ao estado-maior general.
Durante a visita do Chefe do Estado e antigo ministro da defesa ficou-se a saber dos míseros salários auferidos por aqueles homens que tem o dever de garantir a defesa da nossa pátria amada, em caso de ameaça a soberania nacional, ameaça esta que não cheira estar longe basta olharmos para o nebuloso ambiente político a que nos encontramos mergulhados.
È triste saber que as FDS nada ou quase nada ganham comparando com alguns sectores como por exemplo os agentes das Alfandegas na Autoridade tributaria, os deputados e as suas regalias milionárias entre outros sectores que continuam a perpetuar uma injustiça salarial.

Foi nesta visita do comandante em chefe das FDS, que se soube que o soldado raso, por exemplo, aufere 2.116.00 meticais, situando-se abaixo do salário mínimo na Função Pública em Moçambique que está fixado em 2.270 meticais. Que aberração! Para quem tem que defender a integridade de uma pátria.
“Os garantes da soberania” pois estes, reconhecem o juramento que fizeram de defender a Pátria e a soberania nacional, mas entendem que precisam de alguma dignidade, pois têm famílias por cuidar e projectos de vida por realizar, facto que os magros salários no os permite fazer. Pois estes são de bradar os céus.
Hora um país que se preze, que quer ter uma força respeitada internamente e fora não se da o luxo de ter um exercito desmoralizado, elogios não enchem barriga de quem tem que dar sua vida na defesa mesmo pela pátria.

Senhor comandante em chefe, o alto sentido de missão de servir à nação, coragem, determinação e patriotismo e garantia da manutenção da Paz e estabilidade, não são garantidos com um exército “desmoralizado e descalço”, como este que se queixa dos míseros salários que aufere.
È sabido que um exercito, por mas que tenha ao seu dispor toda artilharia necessária, se não estiver moralizado e motivado é propenso a perder qualquer batalha que for, mesmo com o juramento sobre a bandeira.
Não se garante soberania de um estado, com um exército “esfomeado e descalço”, por isso que Senhor Presidente em nome da confiança que “o povo depositou em si” e da lealdade, fidelidade e obediência dos defensores da pátria , urge melhorar os salários das FDS para que tanto o povo bem como os senhores governantes ai desse lado, estejam seguros de que a soberania do estado está ser garantida por homens motivados e vorazes para com os inimigos da Unidade Nacional .
Não basta prestar juramento de defesa da pátria se o defensor desta mesma pátria, “ele e sua família”, passam por problemas básicos de natureza estomacal, que não deveriam constituir preocupação.

Não se percebe como é que num país em que os deputados, os PCAs os directores, ministros e vice ministros auferem salários astronómicos que superam ao de longe o que aufere quem tem o dever de garantir a soberania deste país, isto é no mínimo vergonhoso.

Será que, queremos mesmo a garantia da soberania ou apenas falamos para o inglês ver, porque nas actuais condições que tem os defensores da soberania não é de duvidar que eles próprios “defensores da soberania” podem apunhalar.
Não basta nos equiparmos em artilharia se não equipamos antes “a mente e o estômago” do homem que vai manipular esta mesma artilharia sob o risco dele a entregar um dia ao inimigo.
Senhor Presidente, o senhor mesmo já foi ministro da defesa e não conseguiu resolver este problema, e agora, é comandante em chefe das FDS e Chefe do Estado, á que fazer reformas profundas no exército e na polícia bem como em outros sectores chaves incluindo o professor os enfermeiros, de modo a que estes, não existam apenas como figuras decorativas, mas sim “estejam presentes”, activos e ávidos em fazer seu trabalho rumo a um verdadeiro desenvolvimento não a ilusões e dúbias estatísticas. Elísio Muchanga