Não se garante soberania
com um exército esfomeado
É com bastante tristeza
que acompanhamos semana finda, os problemas que amofinam nossas FDS, a quando
da visita do presidente da Republica e comandante em chefe do Forças de Defesa
e Segurança ao estado-maior general.
Durante a visita do Chefe do Estado e antigo ministro da defesa ficou-se a saber dos míseros salários auferidos por aqueles homens que tem o dever de garantir a defesa da nossa pátria amada, em caso de ameaça a soberania nacional, ameaça esta que não cheira estar longe basta olharmos para o nebuloso ambiente político a que nos encontramos mergulhados.
È triste saber que as
FDS nada ou quase nada ganham comparando com alguns sectores como por exemplo
os agentes das Alfandegas na Autoridade tributaria, os deputados e as suas
regalias milionárias entre outros sectores que continuam a perpetuar uma
injustiça salarial.Durante a visita do Chefe do Estado e antigo ministro da defesa ficou-se a saber dos míseros salários auferidos por aqueles homens que tem o dever de garantir a defesa da nossa pátria amada, em caso de ameaça a soberania nacional, ameaça esta que não cheira estar longe basta olharmos para o nebuloso ambiente político a que nos encontramos mergulhados.
Foi nesta visita do comandante em chefe das FDS, que se soube que o soldado raso, por exemplo, aufere 2.116.00 meticais, situando-se abaixo do salário mínimo na Função Pública em Moçambique que está fixado em 2.270 meticais. Que aberração! Para quem tem que defender a integridade de uma pátria.
“Os garantes da soberania” pois estes, reconhecem o juramento que fizeram de defender a Pátria e a soberania nacional, mas entendem que precisam de alguma dignidade, pois têm famílias por cuidar e projectos de vida por realizar, facto que os magros salários no os permite fazer. Pois estes são de bradar os céus.
Hora um país que se preze, que quer ter uma força respeitada internamente e fora não se da o luxo de ter um exercito desmoralizado, elogios não enchem barriga de quem tem que dar sua vida na defesa mesmo pela pátria.
Senhor comandante em chefe, o alto sentido de missão de servir à nação, coragem, determinação e patriotismo e garantia da manutenção da Paz e estabilidade, não são garantidos com um exército “desmoralizado e descalço”, como este que se queixa dos míseros salários que aufere.
È sabido que um exercito, por mas que tenha ao seu dispor toda artilharia necessária, se não estiver moralizado e motivado é propenso a perder qualquer batalha que for, mesmo com o juramento sobre a bandeira.
Não se garante soberania de um estado, com um exército “esfomeado e descalço”, por isso que Senhor Presidente em nome da confiança que “o povo depositou em si” e da lealdade, fidelidade e obediência dos defensores da pátria , urge melhorar os salários das FDS para que tanto o povo bem como os senhores governantes ai desse lado, estejam seguros de que a soberania do estado está ser garantida por homens motivados e vorazes para com os inimigos da Unidade Nacional .
Não basta prestar juramento de defesa da pátria se o defensor desta mesma pátria, “ele e sua família”, passam por problemas básicos de natureza estomacal, que não deveriam constituir preocupação.
Não se percebe como é que num país em que os deputados, os PCAs os directores, ministros e vice ministros auferem salários astronómicos que superam ao de longe o que aufere quem tem o dever de garantir a soberania deste país, isto é no mínimo vergonhoso.
Será que, queremos mesmo a garantia da soberania ou apenas falamos para o inglês ver, porque nas actuais condições que tem os defensores da soberania não é de duvidar que eles próprios “defensores da soberania” podem apunhalar.
Não basta nos equiparmos em artilharia se não
equipamos antes “a mente e o estômago” do homem que vai manipular esta mesma
artilharia sob o risco dele a entregar um dia ao inimigo.
Senhor Presidente, o senhor mesmo já foi
ministro da defesa e não conseguiu resolver este problema, e agora, é
comandante em chefe das FDS e Chefe do Estado, á que fazer reformas profundas
no exército e na polícia bem como em outros sectores chaves incluindo o
professor os enfermeiros, de modo a que estes, não existam apenas como figuras
decorativas, mas sim “estejam presentes”, activos e ávidos em fazer seu
trabalho rumo a um verdadeiro desenvolvimento não a ilusões e dúbias
estatísticas. Elísio Muchanga
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