sexta-feira, 20 de julho de 2018




Renamo contra-ataca  e ridiculariza discurso de "entrega de  Armas"
Depois de a dias ter sido a Frelimo a colocar um travão a sessão extraordinária condicionado a realização desta a sinais concretos da Renamo no que diz respeito a desmilitarização desta vez a Renamo contra-ataca através de Ivone Soares chefe da bancada parlamentar  ao afirmar ser ridículo o discurso de entrega das armas.

 Elísio Muchanga

Segundo a chefe da bancada parlamentar da Renamo Ivone Soares  não basta apenas o governo exigir que a Renamo entregue as armas, o processo é muito mais complexo que isso.
“É preciso que não se pense que o processo é apenas entregar as armas. É muito mais complexo do que isso” disse Soares acrescentando em seguida que “É preciso saber onde é que vão viver os guerrilheiros depois de saírem das matas de Gorongosa e de outros pontos onde estejam”, disse a sobrinha do falecido líder Afonso Dhlakama.

A chefe da bancada parlamentar da Renamo salienta ainda que é preciso saber que actividade socio económicas o Estado coloca a sua disposição, e que capacidades serão criadas para que os militares da Renamo ao saírem das matas  não passem por algum tipo de dificuldades para reiniciar suas vidas.
Com estas palavras Soares da a entender que o processo de desarmamento dosa homens residuais da Renamo pode vir a levar mais tempo do que se imagina.

Soares diz achar ridículo que a opinião pública, sobretudo a Frelimo, exija que o seu partido entregue as armas ao Governo. Para ela, trata-se de gente que desconhece por completo a complexidade e os contornos do processo das negociações para o alcance da apregoada paz efectiva no país.

“Nós achamos ridículo quando ouvimos pessoas dizerem queremos que entreguem as armas... Queremos que entreguem as armas... Está bem! E Depois!?”, questiona Soares.
De acordo com ela, para a Renamo se desmilitarizar deve, primeiro, haver garantias de que os seus guerrilheiros não estarão sujeitos a privações quando já forem desmobilizados.

Mas adiante a chefe da bancada parlamentar da Renamo frisou que “Encorajamos vivamente” que o Governo e a liderança do maior partido da oposição “assegurem que urgentemente comecemos a ver, efetivamente, sinais concretos de reintegração social justa” desses já

 Saimon Macuiane antigo negociador do processo de paz referiu que “não estamos a tratar, em simultâneo, assuntos militares e a lei eleitoral. Não se pode confundir assuntos distintos e em tempos distintos”, afirmou.
 O discurso da Renamo através da chefe da bacada parlamentar surge numa altura em que a Frelimo condicionava a realização das sessão extraordinária a sinais de desmilitarização das forças resíduas da Renamo e num altura em que a mesma exige que os próximos pleitos eleitorais devem decorrer sem armas na posse de partidos políticos.

 “As eleições autárquicas devem acontecer num clima de ordem, transparência e justiça” o porta voz da bancada parlamentar da Frelimo Edmundo Galiza Matos Júnior

Os partidos políticos e a sociedade civil, em geral, têm o desafio de assimilar as mudanças introduzidas na legislação autárquica, por forma a exercerem os seus direitos políticos conscientemente, acrescentou.  

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