No município
da Matola
Um ano a organizar “estragos de Nhancale”
…demolições de
infra-estruturas e melhoramento de vias de acesso marca um ano de governação de
Calisto Cossa
A dois dias exactamente a 5 de Fevereiro deste mês o município da Matola
vai comemorar mas um aniversário de elevação a cidade, são 43 anos que o
município vai completar e primeiro ano, sob a gestão do edil Calisto Cossa que
actualmente depara-se com a problemática de inundações em vários bairros da
Matola causados por construções nas bacias de água, autorizadas pelo edil
cessante Arão Nhancale. “Agora não é momento de procurar o culpado mas
concertar os erros do município” disse Calisto Cossa a impressa.
Texto: Elisio Muchanga
Sob o lema “Matola
celebrando 43 anos inspirando-se nos seus munícipes”, o
Município da Matola comemora o aniversário de elevação à categoria de cidade.
Porém, não há motivos para festejar pois os problemas nos quais aquela urbe se
encontra mergulhada são ainda de bradar os céus e, como não podia deixar de
ser, continua a tirar o sono aos munícipes principalmente os que tem suas casas,
submersas nas águas pluviais.
Apesar de a Matola apresentar um desenvolvimento
infra-estrutural quase que inquestionável com o melhoramento de muitas vias de
acesso, esta ainda encontra-se mergulhada numa serie de problemas, pois há
quatro décadas, os residentes da Matola, não tinham problemas de inundações a
este nível, e a menos de uma década a esta parte, quase que todos bairros da
Matola, ressente-se com problemas graves de inundações que tiram o sonho tanto aos
munícipes bem como da actual edilidade que tenta a quase todo custo concertar
os erros cometidos pela gestão anterior. É exemplo disso as demolições de empreendimentos nomeadamente armazéns alegadamente construídos nas bacias naturais de agua, que tem caracterizado a Matola nos ultimas semanas numa tentativa do município abrir espaço para a passagem de aguas pluviais que inundaram alguns bairros daquela urbe.
Um acto de
coragem da actual edilidade que por sinal assume os erros cometidos pela
anterior administração de Arão Nhancale e procura a todo custo repor a ordem
para o bem do município.
Falando a imprensa, por ocasião do
lançamento das comemorações do 43ºaniversário da Matola, o edil Calisto Cossa, deu
a entender não haver espaço para indemnizações pela demolição de
infra-estruturas erguidas em bacias de água, embora o município assuma os erros
e procura fazer a respectiva correcção.
“É fácil hoje tocar na
componente indemnização mas quem indemnizaria a quem, nos, estamos a criar
condições para a água circular infelizmente o que esta a acontecer é com base
no diálogo que tem havido com os visados, não nenhuma imposição, há uma diálogo
que estamos a privilegiar e junto com os visados estamos a encontrar caminhos
para resolver o problema” frisou.
O
edil explicou ainda “que várias casas dos munícipes desapareceram, devido a
este problema causado, e quem vai pagar as indemnizações? Se olhamos para o
fomento e liberdade não há duvidam que estes bairros ontem eram bairros
aprazíveis com casas bonitas mas que hoje desapareceram são casas abandonadas
quem vai arcar os prejuízos disso”.
Para o edil, esta – se perante um interesse
público, e precisa-se criar as bacias naturais que lá sempre existiram e o
município esta a privilegiar o diálogo com os visados e felizmente há
compreensão de que há necessidade da reposição das 150 bacias naturais que a
Matola sempre teve.
“Se
há erros que o conselho municipal cometeu tem ser o mesmo conselho assumir os
erros e fazer a respectiva correcção, nos não estamos a procura de saber de
quem é a responsabilidade. Durante o processo de governação há erros que o
processo em si vai fazer surgir mas há que ter coragem e proceder a correcção
destes erros em prol de todos nos”.
O
que esta acontecer hoje, disse ao longo do leito onde o conselho municipal esta
a fazer intervenções não é nada senão corrigir o erro que nos cometemos e
assumimos estes erros senão vamos desaparecer.
“É bom termos cautela
quando falamos de indemnizações porque se há que indemnizar porque cinco o
armazém ou o empreendimento foi demolido, temos milhares de Matoleses que
perderam quase tudo quem que vai pagar essas indemnizações” alertou.
Há Falta de transparência na gestão Municipal--Defende Silvério Ronguane
Nem tudo vai a colorido
no município da Matola, o candidato vencido nas ultimas eleições Silvério
Ronguane disse a Magazine que o município da Matola esta enfermado de uma
gestão danosa e falta de transparência.
Ronguane, reconhece
haver coisas que o município conseguiu fazer melhor, mas há também muitas
outras que não foram bem sucedidas. Das que foram bem sucedidas, Ronguane da
nota positiva ao melhoramento e abertura de novas vias de acesso admitindo que
neste sector houve muito esforço empreendido na melhoria de vias de acesso.
Dos aspectos negativos
arrolados por Ronguane figura a falta de transparência na gestão municipal onde
surge como caso gritante a questão do empréstimo para a construção da nova
instalações do conselho municipal que no entender do nosso entrevistado não
seguiu os parâmetros legais.
É que segundo Ronguane,
para se fazer o empréstimo, a lei preconiza um conjunto de eventos que é
preciso apresentar, é o caso de um mapa demonstrativo da capacidade de endividamento
do município, que não foi apresentado, facto que mereceu um parecer negativo da
comissão de orçamento, mas mesmo assim foi aprovada a concessão da divida ao
município da Matola, mesmo contra os votos da oposição.
Para este, os objectivos são nobres mas não
foram observados os pressupostos legais que era ter um projecto e mostrar a
capacidade de endividamento do município.
De acordo com Ronguane, do ponto de vista de
uma gestão transparente racional baseada na lei o município chumbou
completamente, “falamos de coisas objectivas e não faltou da nossa parte o
esforço de demonstrar que isto não certo, portanto foi um ano de uma gestão que
não seguia as leis” frisou.
Outro aspecto o qual Ronguane
chumba o município, tem a ver com a aprovação do orçamento rectificativo, antes
do fecho do ano fiscal, o qual foi aprovado a 11 de Dezembro sendo que, ano
fiscal termina a 30 do mesmo mês. “Ora como se executa um orçamento
rectificativo no final do ano fiscal, é uma tentativa que consubstanciava uma
gestão danosa”frisou.
Perseguições movidas de ódio e inveja
No diz respeito as
campanhas de demolições levadas a cabo pelo município, o antigo chefe da
bancada do MDM na assembleia municipal, entende que se esta a assistir, não é
nenhum desejo de libertar os espaços para água mas, deve ser visto como
perseguições, busca de algum beneficio porque está-se a falar de grandes obras
e não é possível que tenham sido construídos sem o aval do próprio município
“temos que aprender a respeitar aquele que escolheram o nosso país para
investir”.
“Entendo que deve se dar vazão, a passagem de
água mas não acredito que soluções passem por prejudicar pessoas por demolições
arbitrárias ou movidos por outras razões de gestão. Uma coisa é criar valetas e
drenos para passagem das águas e a outra é promover campanhas de demolições
arbitrárias movidos por ódio invejas e outras coisas”
salientou.
Lixo continua cancro para os munícipes
Apesar das melhorias
registadas no município de Matola, dignas de mérito, a recolha de resíduos
sólidos no Município da Matola ainda esta a quem do desejar, porem são várias
vezes que os munícipes daquela urbe são forçados a pagar a taxa de lixo
debitado de forma forçada na factura de energia mas na prática não vem os
resíduos sólidos recolhidos e são obrigados a abrir covas nos seus quintais
para depositar os resíduos sólidos.
Alias apenas nos bairros de cimento há recolha
de lixo que segundo moradores da Matola não tem sido regular chegando a
acontecer uma vez por semana ou por mês deixando deste modo os bairros
periféricos a pagar a factura sem no entanto beneficiar dos serviços para qual
são descontados mensalmente.
O transporte tambem constitui um grande desafio para
edildade da Matola, que actualmente conta com uma frota de 28 autocarros na
empresa municipal, porem o o edil
garantiu que mais 10 autocarros serao lançados no dia 5 do mês em curso, de
modo a aliviar o sofrimento do Matolensses.
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