sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015


 No município da Matola

Um ano a organizar “estragos de Nhancale”

demolições de infra-estruturas e melhoramento de vias de acesso marca um ano de governação de Calisto Cossa

A dois dias exactamente a 5 de Fevereiro deste mês o município da Matola vai comemorar mas um aniversário de elevação a cidade, são 43 anos que o município vai completar e primeiro ano, sob a gestão do edil Calisto Cossa que actualmente depara-se com a problemática de inundações em vários bairros da Matola causados por construções nas bacias de água, autorizadas pelo edil cessante Arão Nhancale. “Agora não é momento de procurar o culpado mas concertar os erros do município” disse Calisto Cossa a impressa.
  Texto: Elisio Muchanga

 Sob o lema “Matola celebrando 43 anos inspirando-se nos seus munícipes”, o Município da Matola comemora o aniversário de elevação à categoria de cidade. Porém, não há motivos para festejar pois os problemas nos quais aquela urbe se encontra mergulhada são ainda de bradar os céus e, como não podia deixar de ser, continua a tirar o sono aos munícipes principalmente os que tem suas casas, submersas nas águas pluviais.
Apesar de a Matola apresentar um desenvolvimento infra-estrutural quase que inquestionável com o melhoramento de muitas vias de acesso, esta ainda encontra-se mergulhada numa serie de problemas, pois há quatro décadas, os residentes da Matola, não tinham problemas de inundações a este nível, e a menos de uma década a esta parte, quase que todos bairros da Matola, ressente-se com problemas graves de inundações que tiram o sonho tanto aos munícipes bem como da actual edilidade que tenta a quase todo custo concertar os erros cometidos pela gestão anterior.

É exemplo disso as demolições de empreendimentos nomeadamente armazéns alegadamente construídos nas bacias naturais de agua, que tem caracterizado a Matola nos ultimas semanas numa tentativa do município abrir espaço para a passagem de aguas pluviais que inundaram alguns bairros daquela urbe.

 Um acto de coragem da actual edilidade que por sinal assume os erros cometidos pela anterior administração de Arão Nhancale e procura a todo custo repor a ordem para o bem do município.

Não há espaço para indemnizações

Falando a imprensa, por ocasião do lançamento das comemorações do 43ºaniversário da Matola, o edil Calisto Cossa, deu a entender não haver espaço para indemnizações pela demolição de infra-estruturas erguidas em bacias de água, embora o município assuma os erros e procura fazer a respectiva correcção.

É fácil hoje tocar na componente indemnização mas quem indemnizaria a quem, nos, estamos a criar condições para a água circular infelizmente o que esta a acontecer é com base no diálogo que tem havido com os visados, não nenhuma imposição, há uma diálogo que estamos a privilegiar e junto com os visados estamos a encontrar caminhos para resolver o problema” frisou.

  O edil explicou ainda “que várias casas dos munícipes desapareceram, devido a este problema causado, e quem vai pagar as indemnizações? Se olhamos para o fomento e liberdade não há duvidam que estes bairros ontem eram bairros aprazíveis com casas bonitas mas que hoje desapareceram são casas abandonadas quem vai arcar os prejuízos disso”. 

Para o edil, esta – se perante um interesse público, e precisa-se criar as bacias naturais que lá sempre existiram e o município esta a privilegiar o diálogo com os visados e felizmente há compreensão de que há necessidade da reposição das 150 bacias naturais que a Matola sempre teve.
“Se há erros que o conselho municipal cometeu tem ser o mesmo conselho assumir os erros e fazer a respectiva correcção, nos não estamos a procura de saber de quem é a responsabilidade. Durante o processo de governação há erros que o processo em si vai fazer surgir mas há que ter coragem e proceder a correcção destes erros em prol de todos nos”.

 O que esta acontecer hoje, disse ao longo do leito onde o conselho municipal esta a fazer intervenções não é nada senão corrigir o erro que nos cometemos e assumimos estes erros senão vamos desaparecer.

  “É bom termos cautela quando falamos de indemnizações porque se há que indemnizar porque cinco o armazém ou o empreendimento foi demolido, temos milhares de Matoleses que perderam quase tudo quem que vai pagar essas indemnizações” alertou.
Há Falta de transparência na gestão Municipal

--Defende Silvério Ronguane 

Nem tudo vai a colorido no município da Matola, o candidato vencido nas ultimas eleições Silvério Ronguane disse a Magazine que o município da Matola esta enfermado de uma gestão danosa e falta de transparência.

Ronguane, reconhece haver coisas que o município conseguiu fazer melhor, mas há também muitas outras que não foram bem sucedidas. Das que foram bem sucedidas, Ronguane da nota positiva ao melhoramento e abertura de novas vias de acesso admitindo que neste sector houve muito esforço empreendido na melhoria de vias de acesso.

Dos aspectos negativos arrolados por Ronguane figura a falta de transparência na gestão municipal onde surge como caso gritante a questão do empréstimo para a construção da nova instalações do conselho municipal que no entender do nosso entrevistado não seguiu os parâmetros legais.

É que segundo Ronguane, para se fazer o empréstimo, a lei preconiza um conjunto de eventos que é preciso apresentar, é o caso de um mapa demonstrativo da capacidade de endividamento do município, que não foi apresentado, facto que mereceu um parecer negativo da comissão de orçamento, mas mesmo assim foi aprovada a concessão da divida ao município da Matola, mesmo contra os votos da oposição.
 Para este, os objectivos são nobres mas não foram observados os pressupostos legais que era ter um projecto e mostrar a capacidade de endividamento do município.

 De acordo com Ronguane, do ponto de vista de uma gestão transparente racional baseada na lei o município chumbou completamente, “falamos de coisas objectivas e não faltou da nossa parte o esforço de demonstrar que isto não certo, portanto foi um ano de uma gestão que não seguia as leis” frisou.
Outro aspecto o qual Ronguane chumba o município, tem a ver com a aprovação do orçamento rectificativo, antes do fecho do ano fiscal, o qual foi aprovado a 11 de Dezembro sendo que, ano fiscal termina a 30 do mesmo mês. “Ora como se executa um orçamento rectificativo no final do ano fiscal, é uma tentativa que consubstanciava uma gestão danosa”frisou.

 Perseguições movidas de ódio e inveja

No diz respeito as campanhas de demolições levadas a cabo pelo município, o antigo chefe da bancada do MDM na assembleia municipal, entende que se esta a assistir, não é nenhum desejo de libertar os espaços para água mas, deve ser visto como perseguições, busca de algum beneficio porque está-se a falar de grandes obras e não é possível que tenham sido construídos sem o aval do próprio município “temos que aprender a respeitar aquele que escolheram o nosso país para investir”.

 “Entendo que deve se dar vazão, a passagem de água mas não acredito que soluções passem por prejudicar pessoas por demolições arbitrárias ou movidos por outras razões de gestão. Uma coisa é criar valetas e drenos para passagem das águas e a outra é promover campanhas de demolições arbitrárias movidos por ódio invejas e outras coisas” salientou.

Lixo continua cancro para os munícipes

Apesar das melhorias registadas no município de Matola, dignas de mérito, a recolha de resíduos sólidos no Município da Matola ainda esta a quem do desejar, porem são várias vezes que os munícipes daquela urbe são forçados a pagar a taxa de lixo debitado de forma forçada na factura de energia mas na prática não vem os resíduos sólidos recolhidos e são obrigados a abrir covas nos seus quintais para depositar os resíduos sólidos.

Alias apenas nos bairros de cimento há recolha de lixo que segundo moradores da Matola não tem sido regular chegando a acontecer uma vez por semana ou por mês deixando deste modo os bairros periféricos a pagar a factura sem no entanto beneficiar dos serviços para qual são descontados mensalmente.

O transporte tambem constitui um grande desafio para edildade da Matola, que actualmente conta com uma frota de 28 autocarros na empresa municipal, porem o  o edil garantiu que mais 10 autocarros serao lançados no dia 5 do mês em curso, de modo a aliviar o sofrimento do Matolensses.

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