Que findam este
ano
a viragem do século, os líderes mundiais reuniram-se na Organização das Nações Unidas e chegaram a acordo sobre uma visão ousada para o futuro, através da Declaração do Milénio. Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) foram um compromisso para defender os princípios da dignidade humana, da igualdade e da justiça, e libertar o mundo da pobreza extrema. Os ODM, compostos por oito objectivos e um conjunto de metas mensuráveis com limite temporal de ate 2015.
Segundo um relatório das nações Unidas sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, publicado no segundo semestre de 2014, apontava para alguns sucessos e fracassos nos alcances das metas onde a
maior partes dos falhanços provem de países do terceiro mundo, e africanos da África Sub-sahariana onde
Moçambique não é excepção.
Dos cerca de oito objectivos traçados pelas Nações Unidos, acordados e
assumidos pelos chefes de estado, Moçambique falhou na sua maior parte, tendo
conseguido amealhar resultados satisfatórios apenas na igualdade de direitos dos géneros, e no combate à SIDA, tuberculose e
malária.
Ainda algumas acções de dignas de menção onde embora não foram alcançadas
as metas mas os indicadores merecem alguma menção incluem a mortalidade maternal…
Segundo o perito da ONU,
registou-se em África uma redução da taxa em 42%, embora o almejado fossem 75%.
Iniciativas dignas de menção são aquelas do estado federado de Ondo, na
Nigéria, que deu telemóveis a mulheres grávidas, para poderem contactar médicos
e enfermeiras a qualquer altura e pedir que as visitem em casa.
Já Moçambique instalou casas de espera para mulheres
grávidas. Casas que, segundo Odusola, "se encontram muito perto do
hospital. As mulheres vêm dois ou três dias antes da data do parto. E aqui têm
medicamentos e tratamento gratuitos".
Mesmo com o
progresso nestas áreas acima referidas o país e o continente ainda permanece na situação de fracasso quanto ao cumprimento das
metas por não ter conseguido reduzir para metade a pobreza
extrema e a fome, bem como em outras áreas de acção estabelecidas nos ODMs, o
país esta longe de alcançar as metas acordadas nas Nações Unidas.
Do falhanço dos ODM rumo aos ODS
Moçambique tal como muitos países
africanos não conseguiram cumprir com as metas dos Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio devido ao fraco cometimento em algumas acções, porem
2015 marca o fim dos ODM e inicio de uma nova etapa designada Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
…A agenda do ODS é uma agenda que visa a promoção da
paz e segurança, governação democrática, o Estado de direito, a igualdade de
género e direitos humanos para todos. Os ODS irão definir uma agenda de
desenvolvimento sustentável global para os próximos 15 anos, anos em que o
mundo precisa de avanços decisivos na erradicação da pobreza em todas as suas
dimensões, incluindo uma maior igualdade entre as pessoas. A posição de
Moçambique é também reflectida na Posição Comum Africana, na qual os países se
comprometem a falar com uma voz e a tomar acções conjuntas para garantir que a
voz de África é ouvida e integrada na nova agenda global.
Segundo Jennifer
Coordenadora Residente das Nações Unidas e Representante do PNUD em Moçambique,
no país as prioridades tais como a melhoria da equidade, acesso e
qualidade dos serviços básicos para as populações nas zonas rurais, a segurança
alimentar e nutricional, o aprofundamento da cultura da paz, a protecção de
adolescentes e pré-adolescentes meninas do abandono escolar e gravidez precoce,
o investimento e distribuição de renda a partir de recursos naturais para
maximizar os ganhos sociais generalizadas, e a criação de emprego, especialmente
para o crescente número de jovens moçambicanos que entram no mercado de
trabalho são todos os elementos centrais para uma agenda de desenvolvimento
sustentável.
Para Coordenadora Residente das Nações Unidas e Representante do PNUD
em Moçambique, aos 40 anos, Moçambique claramente tem mostrado a energia e a liderança
necessárias a criação de oportunidades para garantir um futuro digno e
promissor para todos os moçambicanos. Contudo, aos 70 anos, a ONU vai trabalhar
para ajudar a traduzir essa ambição em planos que ligam as experiências globais
e regionais para as realidades nacionais para que Moçambique continua a
crescer, para todos, e para o futuro.
Entretanto com o falhanço das ODM os países africanos
e o mundo, vão embarcar em Setembro numa nova agenda de desenvolvimento
designada ODS, onde mas uma vez são chamadas a mostrar o seu cometimento com o
desenvolvimento sustentável de modo a garantir o bem-estar da população.
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