quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014


Em projectos sociais                     

Kenmare investe mais de 1,3 milhões de USD/ano em Moma

 A multinacional irlandesa Kenmare, responsável pela extracção das areias pesadas de Moma, na província de Nampula, tem em manga investir cerca de 1,3 milhões de dólares por ano, até 2015, em projectos de responsabilidade social que tem desenvolvido naquela parcela do País. Entretanto, muitos problemas persistem na comunidade local, com destaque para a falta de emprego entre as comunidades de Moma.

  By Elísio Muchanga

 Numa altura em que a multinacional irlandesa debate-se com o problema da falta de satisfação das necessidades de emprego às comunidades locais e registo de melhorias significativas na exploração de minérios, com um aumento de 22 porcento em 2013, o que corresponde à extracção de 23.951.200 toneladas de minérios na mina de Moma, a empresa projecta, através da sua filial KMAD, investir 1,3 milhões de dólares em projectos sociais, até 2015.

Segundo Hlaleleni Matolo, coordenadora da Associação de Desenvolvimento da Kenmare Moma, o valor será aplicado na melhoria de infra-estruturas, em projectos de educação, saúde, geração de rendimentos, pecuária e outras áreas de modo a melhorar o nível de vida das comunidades do distrito e outras partes da província de Nampula.

Consta ainda dos planos da KMAD para 2014 a introdução de serviços de Tratamento Anti-Retroviral (TARV) para as comunidades locais, que são forçadas a percorrer longas distâncias para adquirir esses serviços.

Matolo referiu que os programas a serem desenvolvidos este ano incluem a construção de uma escola técnica, que irá formar futuramente mão-de-obra para a mineradora, bem como habilitar os residentes do distrito a saber fazer algo para a sua própria sobrevivência.

 Os programas já desenvolvidos pela empresa enquadram-se na área da educação e desporto, construção de cinco escolas, 19 salas de aulas e duas em construção, a introdução da sexta e sétima classes, distribuição de cerca de 3.000 kits de material escolar/ano.

  Na geração de rendimento há 25 projectos em implementação, com um total de 150 beneficiários, dos quais 46 (30 porcento) são mulheres, e quatro projectos estabelecidos, como fornecedores de ovos à mina, em 2013, gerando uma receita de 16.347 dólares americanos, costura de sacos de amostra, com uma receita de 73.200, entre outros projectos que em 2013 registaram uma receita de 162.657 dólares.

A coordenadora da Associação de Desenvolvimento da Kenmare aponta como desafios para a empresa a fragilidade da governação local em responder às rápidas mudanças, a falta de apropriação dos projectos por parte de alguns beneficiários, que muitas vezes não reembolsam os valores financiados aos sues projectos.

 Entretanto, no primeiro semestre de 2013 a Kenmare registou um lucro operacional de 6.9 milhões de dólares contra 47,0 milhões de dólares em 2012.


CPLP lança campanha “Juntos contra a fome”
 
A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) lançou semana finda, em Maputo, a campanha “Juntos contra a fome”, um acto que tem como objectivo mobilizar fundos para a erradicação da fome na CPLP, onde se acredita que a fome afecta cerca de 250 milhões de pessoas, das quais 28 milhões sofrem de desnutrição crónica.
 
  By Elísio Muchanga
 
Os fundos, a serem angariados pela campanha, serão usados para a atribuição de terras aos agricultores e cidadãos que queiram praticar a actividade agrícola mas carecem de espaço para o efeito, bem como para a aquisição de insumos agrícolas.
 

O lançamento da campanha teve lugar à margem da XII Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP, que contou com a participação do primeiro-ministro Alberto Vaquina, que na ocasião disse não fazer sentido que a CPLP continue com 28 milhões de cidadãos afectados pela desnutrição crónica, se tivermos em conta que ela provoca “défices graves de nutrientes indispensáveis ao crescimento equilibrado das nossas crianças, afectando gravemente a sua capacidade de aprendizagem escolar”.
Para o primeiro-ministro, a quem coube o lançamento da campanha, ninguém pode dizer ou achar que este desafio não lhe diz respeito; a fome, ela encontra-se ao virar da esquina, no olhar da criança que vai à escola sem o pequeno-almoço e da mãe que acorda sem saber se os seus filhos terão alguma refeição no dia que amanhece.
“Com preocupação notamos que as crianças que hoje enfrentam a desnutrição crónica são potenciais vítimas do insucesso escolar e amanhã serão, provável e infelizmente, adultos pobres. E é este ciclo de injustiça e predestinação ao fracasso que urge rompermos”, acrescentou.

Para Vaquina, este é o momento de agir, porque “não podemos ficar indiferentes a uma realidade que diz respeito a todos nós! Este momento solene constitui o arranque da campanha ‘Juntos contra a fome’, que atingirá o seu auge a 16 de Outubro, quando celebrarmos o Dia Mundial da Alimentação”.

Referiu que foi com o objectivo de contribuir na erradicação da fome que Moçambique, quando assumiu a presidência da CPLP, em 2012, elegeu a “Segurança Alimentar e Nutricional” como lema central da sua presidência.

 O Fundo da Campanha “Juntos contra a fome” será constituído por contribuições voluntárias por parte do público em geral e das mais variadas entidades do mundo empresarial, político, artístico, desportivo e académico, através de donativos, chamadas telefónicas de valor acrescentado e outros meios.
O representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em Portugal, o moçambicano Hélder Muteia, vincou que a fome destrói a dignidade da condição humana e afecta o desenvolvimento cognitivo das crianças e, por isso, urge combater o mal ao nível da CPLP.

“A fome dói e mata. Marca negativamente gerações inteiras, descaracteriza o tecido social, adia sonhos e esperanças e mancha o processo e o desenvolvimento das pessoas, das comunidades e das nações. A fome também divide as pessoas e as nações”, disse.

 Disse ainda que as redes de telefonia móvel chegam aos recantos mais recônditos da terra, mas continua a existir gente que não tem um prato de comida e, assim, condenada a uma vida miserável ou uma morte inglória, despojada de direitos e valores morais e sociais.

“Por cada pessoa que morre nessas condições, a dignidade e grandiosidade da natureza humana e dos seus avanços também ficam drasticamente abalados e diminuídos”, afirmou Muteia.

O representante da FAO explicou que os recursos resultantes desta campanha servirão para complementar os esforços dos governos, dos seus parceiros, do sector privado e da sociedade civil em geral.

“Queremos ajudar os agricultores. Paradoxalmente, 80 porcento das pessoas que passam fome em África são agricultores. Praticam uma agricultura rudimentar que não permite sequer alimentar condignamente as suas famílias”.
O secretário executivo da CPLP, Murade Murargy, que também é moçambicano, afirmou que a CPLP pretende ter territórios livres da fome, com agricultores sem fome e crianças com um futuro próspero.
“São estes os três eixos nos quais em consonância com a estratégia de segurança alimentar e nutricional se baseia a Campanha da CPLP Juntos Contra a Fome”, disse Murargy, para de seguida afirmar que espera que a fome seja erradicada até 2025.

Em Moçambique, dados revelados pelo Ministério da Agricultura indicam que uma em cada duas crianças de idades compreendidas entre zero e cinco anos sofre de desnutrição crónica, fazendo quase 50 porcento de crianças afectadas.
O número total de pessoas que passam fome, ainda de acordo com o ministro da Agricultura moçambicano, José Pacheco, é de cerca de 300 mil, grande parte destas nas

zonas rurais.
 

 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014


Na XII Reunião Extraordinária

Ministros dão luz verde à adesão da Guiné-Equatorial à CPLP

·         Decisão final será tomada pelos chefes de Estado  em Julho  na cimeira de Díli

O Conselho de Ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) recomendou aos chefes de Estado a adesão da Guiné-Equatorial como membro de pleno direito da organização. A recomendação aos chefes de Estado aconteceu momentos após a realização da reunião do Conselho de Ministros da CPLP, integrada pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da organização, que teve lugar semana finda, na capital do País. Entretanto, a adesão daquele país à organização é bastante criticada por organizações ligadas aos Direitos Humanos.
 
 By Elisio Muchanga
Pesam  sobre esta recomendação o facto de a Guiné - Equatorial  ter cumprido com  todas as exigências para se tornar membro de plenos direitos na comunidade lusófona.

A decisão tornada pública no final
da XII Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP, considera que a Guiné - Equatorial deu passos significativos para a sua adesão com destaque para a suspensão da pena de morte com efeitos imediatos. Porém a  decisão final sobre a adesão da Guiné - Equatorial à CPLP como o status de membro de pleno direito será tomada pelos Chefes de Estado e de Governo da organização quando se reunirem no próximo mês de Julho, em Díli, capital de Timor-Leste.

 Falando   no fim da  Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC), Oldemiro Baloi, garantiu que a pena de morte na Guiné - Equatorial  está suspensa há mais de três dias, e "esperamos que este processo evolua com o decorrer do tempo", disse.

Sobre a implantação da língua portuguesa naquele país, Baloi disse que a matriz principal para adesão à CPLP é que o país assuma a língua portuguesa.

"O plano de adesão à CPLP inclui todo um conjunto de medidas tendo em conta a implantação da língua portuguesa. A Guiné-Equatorial tem-se esforçado nesse sentido. Por exemplo, ela não tinha uma embaixada em Portugal e abriu. Criou, em duas cidades, centros culturais e está a criar condições para que no ensino primário seja implementada a língua portuguesa."

 Ainda sobre o mesmo prisma foi solicitado como primeiro passo para a Guiné-Equatorial que, pelo menos, avançasse com uma moratória. Isto foi feito. Assim, foi removido o último obstáculo para que os Estados-membros, ao nível ministerial, recomendassem a adesão da Guiné-Equatorial à CPLP.

O comunicado, lido no final da reuniao,  refere que "esta medida permitirá que a Guiné Equatorial se aproxime muito significativamente do núcleo de princípios fundamentais ao qual se assenta a CPLP." Oldemiro Balói falou de outros passos dados pelo Governo de Obiang.

Por seu turno o  ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Equatorial, Agapito Mokuy, falou  durante o encontro dos passos dados pelo seu país com vista à adesão à CPLP.

"O Governo da Guiné Equatorial já adoptou o português como idioma oficial. Há programas bastante contundentes que permitem a população falar o português", esclareceu o ministro.

Guiné-Bissau continua a inspirar forte preocupação

A reunião do Conselho de Ministros da CPLP tinha como agenda a discussão da situação política na Guiné-Bissau onde  o organização (CPLP), notou que a situação política naquele país continua a inspirar forte preocupação, pois incidentes graves e a contínua impunidade demonstram a fragilidade das instituições guineenses e do Estado de Direito no país.

Oldemiro Baloi,  falando em nome do organismo, saudou a conclusão do recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau, que constitui um passo importante para realização das eleições e consequente normalização política, social e institucional do país.

Instou as forças vivas da República da Guiné-Bissau a envidar todos os esforços para a realização de eleições,  já adiadas mais de uma vez,  no prazo mais exíguo possível, com vista à restauração, com a máxima brevidade, da ordem constitucional e ao início de um novo ciclo que permita materializar as reformas necessárias ao desenvolvimento do país.

O organismo, disse o governante, manifestou a disposição de envio de uma Missão de Observação Eleitoral à Guiné-Bissau, o que demonstra o empenho da CPLP em contribuir para o sucesso do processo eleitoral e para a sua credibilização interna e externa.

A CPLP saudou os esforços de todos os partidos políticos na promoção de um clima favorável à realização de eleições livres, transparentes e participadas, conducentes à restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau bem com reiterou a importância da cooperação da CPLP com os parceiros internacionais, nomeadamente a CEDEAO, a União Africana, a União Europeia e as Nações Unidas, e apelou ao seu aprofundamento, tendo em vista a garantia da estabilidade do país após o período eleitoral.

 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

About the blogger





Good Afternoon everyone  my Name is Elisio Muchanga Iam journalist in Mozambique  and I work for a tabloid called Magazine Independente  I have been in this field for more than 8 years now so has you can see Iam not yet old monkey in the field I still need more experience meanly from oversea.


yet about me, Iam  journalist and  finalist university student of translator and interpretation of English to Portuguese at Eduardo Mondlane University (UEM).


 Has English student  and journalist I decided to create this blog which will cover both language Portuguese and English as a way of pursue my dream of  informing people and keep  them up dated in various way.  




 I created this blog to post things or stories I can not post in my newspaper due to the censorship in the media here in Moz.  this is a  new product for me and it is intended in near future to  bring to your stories of Mozambique in English and Portuguese.


 The blog will also bring all stories I publish in the media I work for.










Semáforos da Matola já não funcionam

… e clamam por intervenção de quem de direito

Os semáforos da Matola, que comemorou, recentemente, o  42˚ aniversário da sua  elevação à categoria de cidade,  clamam pela intervenção do município há mais de  seis meses. Os semáforos das principais vias de entrada bem como saída do Município da Matola, à semelhança de algumas artérias, estão degradados e fora de funcionamento, perante o olhar impávido e sereno das autoridades municpais. O bairro do Infulene, Zona Verde, Estádio da Machava, Avenida das Indústrias, a entrada para a fábrica Coca-cola e a terminal do bairro do Fomento, são as zonas cujos semáforos não funcionam há já bastante tempo, o que causa congestionamentos constantes nas vias.

  By Elísio Muchanga

Fora a problemática de degradação das vias de acesso no município da Matola, a  sinalização do trânsito no município vai de mal a pior, pois quase todas as vias de acesso que beneficiaram  da colocação de semáforos, no ano antepassado e passado, estão hoje sem nenhuma sinalização de trânsito – vulgos semáforos.

 Mesmo  com a comemoração do 42º  aniversário da elevação da  Matola à categoria de  cidade, semana finda, o triste cenário de degradação dos semáforos não comoveu a edilidade a repor a bela imagem que as vias de acesso do município exibiam até meados do ano passado.

 A deficiente sinalização da via pública por semáforos, no município da Matola já tem barbas brancas. Já há mais de seis meses que as  principais vias  do município têm apresentado problemas sérios de sinalização por semáforos, perante o olhar impávido e sereno das autoridades municipais.

 O cenário desolador que caracteriza a degradação dos postes de sinalização eléctrica pode-se  constatar no cruzamento da avenida das Indústrias e da Eduardo Mondlane – vulgarmente conhecido por “bananeiras”, onde os semáforos foram colocados e funcionaram apenas pouco mais de  3 meses tendo, porém, começado por apresentar  avarias constantes, facto que obrigava a existência de longas filas de carros nas primeiras horas da manhã, situação que, vezes sem conta, deixa os  automobilistas com os nervos à flor da pele.

 Aliás, neste troço, para além do  problema da sinalização, os automobilistas ainda têm que lidar com a  péssima qualidade da via caracterizada, na sua maioria, por enormes crateras, que também tornam a vida dos automobilistas num verdadeiro martírio, sempre que se fazem passar por aquele troço.

Neste cruzamento, os semáforos apresentam-se num  estado degradado, escancarados  e os postes metálicos dos semáforos “estatelados” no chão, abandonados à sua sorte, há mais de  seis meses, sem no entanto merecer qualquer intervenção do município.

Já no cruzamento para a  Coca-cola, ainda na avenida Eduardo Mondlane,  o cenário é bastante desolador. Nenhum sinal de existência de semáforo se pode notar naquele local, pois todas as estruturas  metálicas estão derrubadas há mais de 5 meses.

Ainda ao longo da avenida Eduardo Mondlane, no cruzamento para Patrice, e estádio  da Machava, bem como em outros locais como Zona Verde e  Fomento,  os semáforos não funcionam. Aliás, os únicos locais no município onde os semáforos ainda resistem é no cruzamento do Fomento e Cinema 700, bem como em algumas artérias na cidade da Matola.

A  reportagem do Magazine Independente interpelou alguns automobilistas para deles saber da sua sensibilidade quanto à situação.  Armando Cossa,  automobilista, de 34 anos, disse à nossa reportagem, estar desgastado com a edilidade pela  falta de manutenção de semáforos bem como das vias de acesso.

 Cossa referiu que a falta de manutenção de semáforos nas principais vias do município contribui, grandemente, para a criação de congestionamento, sempre nas horas de ponta bem como em horas normais.

“É muito vergonhoso o que se vê neste município, parece que não há gestores em toda a Matola. Os semáforos não funcionam. Venho da Zona Verde e há muito engarrafamento por causa de semáforos. No estádio,  o semáforo também funciona com muitas dificuldades e noutros lugares por onde passei é pior. O município tem que resolver isto com urgência porque nós automobilistas é que sofremos no final das contas. Sofremos com os buracos nas estradas e agora são semáforos”, salientou a fonte.

 Jorge Nhate frisou que este problema é do reinado de Nhancale. “Ele é que criou isto. Lembro-me muito bem que estes semáforos já começaram com problemas no mesmo ano em  que foram colocados. Não sabemos onde foram comprados  se é  que foram comprados, mas a verdade é que isto deixa muito a desejar. Com a colocação disto, há um ano, pensávamos que fosse melhorar a transitabilidade nas estradas da Matola mas enganámo-nos ou fomos enganados pois a situação piorou e com o aumento do parque automóvel no município, os semáforos até poderiam ajudar mas nada disso  porque não há manutenção e isto é coisa da Frelimo, já sabemos”.

Um exemplo ilustrativo e ilucidador, está na avenida das Indústrias na antiga estrada asfaltada onde há enormes crateras bem em frente da antiga fábrica de processamento da castanha de cajú vulgo Cajuca.

 
 Falando ao Magazine, Alberto  Mazive, transportador dos vulgo chapa 100, disse à   reportagem do Magazine que  a transitabilidade na via está caótica principalmente para os transportadores que são obrigados diariamente a percorrer o troço correrndo daí todo o tipo de riscos desde a danificação da suspensão até outros problemas mecânicos graves.

“Isto já é demais, o município deveria procurar resolver este problema o mais urgente possível porque olha: nós os chapeiros é que sofremos, temos uma receita a cumprir no patrão mas com estes buracos passamos mal”, disse.

 Um outro automobilista que não se quis identificar, disse que  o município deveria procurar alargar e asfaltar de novo toda a avenida das Indústrias, desde Mahlampswene até  às bananeiras, e limitar a circulação de camiões que concorrem para a danificação da estrada de modo a permitir melhor circulação de outras viaturas. “Os camionistas  deveriam ser proibidos de circular aqui porque estes também estragam a estrada, fogem à báscula e vêm criar engarrafamento  e buracos aqui”.

 Entretanto, o Magazine tentou, vezes sem conta,  sem sucesso, falar com o vereador das infraestruturas do município da Matola de modo a pronuciar-se sobre o assunto, facto que não foi possível dado que sempre que a nossa resportagem se deslocou à sua vereação este não se encontrava presente.

 

 

 

 




 

Por alegadamente proferirem mentiras sobre concertação

 CTA desmente Governo e Buque

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) veio, esta segunda-feira, à imprensa reiterar o seu total desacordo pela forma como as tolerâncias de ponto têm sido decretadas nos últimos tempos no País. A CTA, através do seu vice-presidente Agostinho Vuma, diz que o responsável do pelouro de trabalho e acção social, Adelino Buque, proferiu mentiras ao referir, numa televisão privada, que teria comunicado à Direcção Executiva, por via de uma mensagem sobre a existência da concertação à volta da tolerância de ponto.

 By Elísio Muchanga

Em resposta aos pronunciamentos do presidente do pelouro de Trabalho e Acção Social da Confederação das Associações Económicas, segundo as quais, a confederação tem sido informada das tolerâncias de ponto no País incluindo a de 2 e 3 de Janeiro de 2013 e 7 de Fevereiro, Vuma veio a público desdramatizar os pronunciamentos de Adelino Buque como tendo sido feitos fora do mandato.

Segundo o vice-presidente da CTA, a agremiação reitera o seu total desacordo pela forma como as tolerâncias de ponto têm sido decretadas nos últimos tempos no país sem a necessária consulta e contrariando o espírito de diálogo fruto de longos anos de trabalho.

 Falando à imprensa, Vuma disse que no passado a CTA era consultada pelo Ministério do Trabalho, via comunicação escrita e o próprio ministro do Trabalho assinava as cartas também na qualidade de presidente da Comissão Consultiva de Trabalho.

 De acordo com Vuma, estranhamente e contra todas as expectativas, no caso de 2 e 3 de Janeiro de 2014, a consulta foi via telefónica a um dos representantes da CCT na qualidade de presidente do pelouro de trabalho que não tem mandato para tomar nenhuma decisão. Já no dia 7 de Fevereiro nem sequer um telefonema foi feito.

A CTA critica igualmente o pronunciamento do secretário-geral da CCT, Omar Jalilo e do Inspector - geral de trabalho, Joaquim Siuta, segundo os quais o governo é soberano para decretar tolerância quando bem o entender, sendo que a consulta é um favor.

O vice-presidente da CTA considera o pronunciamento bastante preocupante, pois “ no entender da CTA, as acções do Governo não podem implicar danos económicos avultados sobre os cidadãos e as empresas”.

 A Confederação das associações económicas lamenta a atitude do colega Adelino Buque que mesmo sem mandato para tal anuiu que nos dias 2 e 3 se decretasse tolerância de ponto, provocando avultadas perdas económicas às empresas.

  Para a CTA, Adelino Buque proferiu mentiras ao referir na STV que teria comunicado à Direcção Executiva (DE), por via de uma mensagem, quando na verdade, foi a DE, que lhe enviou a mensagem a perguntar se tinha conhecimento da tolerância de ponto para os dias 2 e 3, anunciada pelos jornais e se a CCT havia sido consultada ou não, ao que ele respondeu que sim, mas que nenhum membro do CCT pelo sector privado tinha conhecimento, excepto ele mesmo.

 A CTA recomenda ao governo para a necessidade de reflexão profunda sobre tolerâncias de ponto no país, bem como recomenda uma alteração substancial dos pressupostos da sua decretação e os mecanismos de consulta que devem ser garantidos às partes afectadas e sempre ter presente o discurso do próprio Governo de aumento de produção e produtividade bem como a cultura de trabalho.

  Entretanto, Adelino Buque membro da Comissão Consultiva de Trabalho e presidente de pelouro de Trabalho e Acção Social teria dito que aquela organização tem sido informada das tolerâncias de ponto, incluindo as de 1 e 2 de Janeiro deste ano.

Buque, no seu pronunciamento, teria contrariado as declarações do vice-presidente da CTA Agostinho Vuma e o director executivo Kekobad Patel que defendiam não ter havido comunicação com o Ministério do Trabalho e que esta entidade decide unilateralmente conceder as tolerâncias de ponto.

 

Problemas de emprego na Kenmare


Problemas de emprego em Moma

Kenmare não satisfaz anseio da comunidade local

 As comunidades residentes ao redor da multinacional irlandesa Kenmare, empresa mineira responsável pela exploração de areias pesadas no distrito de Moma, província de Nampula, queixam-se por esta ainda não satisfazer os anseios das comunidades locais na absorção de mão-de-obra local pela empresa e na melhoria de vias de acesso. Este facto foi secundado pelo secretário permanente do distrito de Moma, Amad Cheia Alide, apelando para a necessidade de emprego da mão-de-obra jovem local.

  By Elísio Muchanga

Segundo Amad Cheia Alide a empresa tem desenvolvido projectos de responsabilidade social que têm, de algum modo, ajudado as comunidades locais, nas áreas de educação, saúde, bem como o financiamento de projectos de geração de renda, porém este não é o suficiente pois há necessidade da empresa abranger mais as comunidades locais em termos de emprego.

 “A empresa está a fazer o que é possível, mas no tocante ao emprego a empresa precisa de fazer mais porque a população está ali a ver as pessoas de fora a entrar e trabalhar na empresa” disse o secretário permantente.

Para o secretário permanete de Moma, alguma coisa falta à empresa no sentido de, quando houver necessidade de empregar pessoal qualificado, ao invés de se fazer só o recrutamento fora da comunidade, poderia se pegar o pessoal local com 10 ou 12ª classe, fazer uma formação e aí “teríamos um pessoal qualificado pelo menos do nível médio e assim teríamos resolvido pelo menos 75 porcento do problema de desemprego”.

 Para este governante, a grande preocupação da população de Topuito especificamente aquela população que está ali próximo da Kenmare, é o emprego, “se for a acompannhar as grandes manifestações que existem por parte da população são relativamente ao emprego. Portanto, em relação a esta parte a empresa ainda tem muito trabalho por fazer”.  

Entretanto Alide afirma que o governo local já está a contactar a empresa de modo a resolver as preocupações da população, “nós já estamos a fazer ver a empresa que precisa de mudar a maneira de fazer o recrutamento de modo a acolher as preocupações da população de forma satisfatória e mudar o seu sentimento em relação à presença da empresa aqui.

Gabriel Terreto secretário do Bairro Mataka, um bairro com cerca de 2200 pessoas conta que a Kenmare já deu escola, posto de Saúde dois furos de água apesar de um não estar a funcionar porque já não tem água mas  prometeu reparar.

 De forma temida, o secretário do bairro de Mataka disse ao Magazine que ainda falta muita coisa prometida pela empresa dando maior ênfase ao emprego que, segundo este, muitos dos nossos filhos não estão a trabalhar e andam a deambular pelas machambas. A empresa prometeu vir escolher e até agora só veio buscar 8 pessoas para fazer biscates e não para trabalhar definitivamente.

 Ismael Assane, de 28 anos, comerciante e pai de 8 filhos, conta que foi beneficiário do projecto de geração de renda da KMAD que o concedeu um empréstimo de 65 mil meticais sem juros para o desenvolvimento do seu negócio, clama também pela falta de emprego na localidade.

Extracao de areas pesadas  em Moma
 
    Director de recursos humanos da kenmare rebate

O directror dos recursos humanos da Kenmare, Caetano Amurane, disse ao Magazine que é verdade que há muita gente que procura emprego e muita gente vem de diversas partes do país e apesar de as comunidades terem prioridade, a empresa não pode discriminar outros moçambicanos.

Há critérios de selecção da mão-de-obra pois existem aquelas áreas que precisam de mais especilização e a estas a empresa recorre à mão-de-obra externa e para aquelas posições que a empresa acha possível recrutar localmente faz sempre que for necessário.

  Amurane afirma haver dois grupos alvo dado que o nível académico na comunidade vai até a sétima classe, e com este nível fica claro que não há pessoas habilitadas literalmente em termos de capacidades científicas capazes de ocupar determinadas posições.

“Há caso de nativos que emigram e se formam fora mas quando voltam estes têm a oportunidade de emprego na empresa” explicou para depois acrescentar que “ há pessoas de fora que vêm a Topuito à procura de emprego e muitas das vezes não dizem que são de fora, juntam-se às comunidades e quando chega a hora de recrutar estas pessoas  geralmente constam das listas feitas pelos secretários dos bairros usadas para recrutamento local sempre que for necessário”.
 

O director dos Recursos Humanos da Kenmare deu a conhecer que neste momento a empresa está a empregar 1078 trabalhadores provenientes das comunidades próximas a zona de mineração, sendo que na sua maioria são provenientes de Angoche, Moma e Mogovolas e de outras partes do país mas são considerados locais.

 
 
“Há aqueles que vamos recrutar especificamente em Nampula neste momento temos cerca de 105 pessoas recrutadas em lá, mas há aqueles mais especializados que achamos que não podemos encontrar aqui e são num total de 252 pessoas recrutadas em Maputo” disse.

 No que diz respeito à mão-de-obra estrangeira a Kenmare tem no quadro de pessoal  170 estrangeiros que vêm  de diversas partes do mundo.

Porém, consta nos planos estratégicos da empresa, a redução de número de estrangeiros por nacionais, facto que, segundo Amurane, vai acontecendo gradualmente através dos programas de formação levados a cabo pela Kenmare.

 No recrutamento da mão-de-obra local Amurane avança haver desafios a ultrapassar. É que nas listas nominais para um possível recrutamento pela Kenmare sempre que houver vagas as comunidades clamam que estas listas são muito longas. É um facto porque cerca de 27 mil pessoas que estão à procura do mesmo emprego e nós não temos vaga para todas estas pessoas.

 Portanto o que acontece é que temos desafios em relação as listas nominais, é que quando aparece em janeiro as listas de um bairro que são longas recrutamos e pode nos levar seis meses ou um ano para nos absorvermos todas pessoas.

O que acontece é que devido a morosidade os secretários aparecem a dizer que as pessoas não estão a ser recrutadas e que deveriamos saltar as listas e recrutar pessoas indicadas pelos secretários facto que nos recusamos e apenas seguimos a lista so saltamos se a pessoas não esta disponivel.   

 “São estes desafios que temos com as comunidades de modo a evitar recrutar debaixo do cajueiro elas elaboram estas listas e nos fornecem” frisou.

 Sem dar detalhes o director de recursos humanos contou que vezes sem conta as populações param as máquinas de perfuração exigindo emprego e melhores condições facto que tem sido resolvido com a intervenção de líderes comunitários e, algumas vezes, com a intervenção da autoridade distrital.

 A Kenmare é uma empresa de mineração de origem irlandesa que se dedica à exploraçao de areas pesadas de Moma onde são extraídos três minérios, nomeadamente, rutilo, zircão e ilmenite. As instalações da Kenmare têm capacidade para produzir, anualmente, 800.000 toneladas de ilmenite, 56.000 toneladas de zircão e 21.000 toneladas de rútilo.

Dos mineirios extraidos pela Kenmare se destacam a ilmenite que é um minério de ferro e titânio e é utilizada na produção de pigmentos que sãousados nas indústrias plásticas e de tintas. O zircão é utilizado na indústria cerâmica. O rutilo éuma forma muito pura de dióxido de titânio essencial para a produção do metal titânio, que é utilizado num sem número de indústrias de alta tecnologia, como por exemplo no fabrico de aviões.

Para o presente ano, a Kenmare projecta contratar 1710 novos trabalhadores. No ano transacto o número de contratados foi de 1613.

 

 

 

Kenmare sobe 22 porcento na extracao de minerios de Moma



 

Kenmare aumenta 22 porcento na extracção de minérios em Moma

A multinacional Irlandesa Kenmare registou, no ano passado, um aumento significativo na extracção de minérios de 22 porcento comparativamente ao ano de 2012

 By Elísio Muchanga

Segundo infomações divulgadas pela empresa, a Kenmare Resources extraiu 23.951.200 de toneladas de minério na sua mina de Moma, em 2013 – o que representa um aumento de 22% em relação ao ano anterior. E a sua produção de concentrado de minerais pesados ​​aumentou 47%, para 1.137.200 toneladas. Produção Ilmenite aumentou 25%, para 720.100 toneladas (2012: 574.500 toneladas). Zircon produção diminuiu 33%, para 31,4 mil toneladas (2012: 46,9 mil toneladas).

 O Diretor-gerente Michael Carvill disse "Estou muito contente de ver a contribuição positiva feita pelas instalações ampliadas e antecipar que a produção vai continuar a melhorar à medida que trabalhamos com as autoridades locais para gerenciar os problemas de fornecimento de energia que a Kenmare vai usar para a alavancagem da capacidade de produção adicional para reduzir os custos unitários.

 As informações dão conta ainda de que durante o quarto trimestre de 2013, a Kenmare extraiu 7.655.700 toneladas de minério com um grau de 6,3 porcento e produziu 311.000 toneladas de HMC, em comparação com 157.00 toneladas de HMC no quarto trimeste de 2012.

Ainda neste período em análise, o grau de minério foi de aproximadamente 11 porcento mas as condições de mineração melhoraram. O principal motor da produção adicional de 98 porcento de HMC foi a conclusão e potenciação da nova fábrica de dragagem e concentração numa segunda mina-lagoa como parte da expansão de mina durante o segundo semestre de 2013.

“A expansão da unidade de separação mineral permitiu que a Kenmare aumentasse a produção de llmenite em 69 porcento para 209,4 mil toneladas no quarto trimestre de 2013, contra 123.600 toneladas durante o período equivalente em 2012”, revela o comunicado da empresa.

No entanto, a produção de Zircão durante o quarto trimestre de 2013 foi de 6.600 toneladas em comparação com 10.600 toneladas no quarto trimestre de 2012.

De acordo com o director da Kenmare em Moçambique isto foi devido ao tempo de inactividade associado com a integração dos circuitos ampliados de Zircao e Rutilo, que levou mais tempo do que o esperado e, consequentemente, o equilíbrio e a potenciação desses circuitos foram atrasados.

 Dos produtos embarcados pela Kenmare em 2013 constam 677.800 toneladas de produtos acabados, composta de 642.700 toneladas de llmenite, 32.200 toneladas de Zircao e 2.900 toneladas de rutilo. Os embarques de produtos acabados no quarto trimestre de 2013 foram 236,4 mil toneladas contra 204,1 mil toneladas embarcadas no quarto trimestre de 2012.

 E em Dezembro de 2013 a Kenmare efectuou o seu 200º embarque da Mina de Moma, levando o cumulativo das exportações de produtos para mais de 3,5 milhões desde o início das operações.

Mercado de minérios regista melhoria

 Embora houvesse algum crescimento no consumo de pigmentos durante 2013, foi largamente atingido a partir das reservas de pigmentos, os quais reduziram significativamente ao longo do ano, a média que as taxas de operação da fábrica foram reduzidas. “Isso levou a uma redução do uso da matéria- prima ao longo do ano, mas há evidência de que estamos a começar a chegar mais perto do fim desta desestocagem prolongada” explicou o Gareth Clifton director residente da Kenmare em Moçambique

 Apesar das condições gerais de mercado serem mais baixas, o uso da llmenite de Moma no quarto trimestre de 2013 era razoavelmente robusto já que os embarques aumentaram 60 porcento, para 226,6 mil toneladas em relação ao trimestre anterior, concentrando-se em entregas a clientes vitais existentes e algumas vendas para a Ásia.

 Enquanto a procura de matéria-prima no primeiro trimestre de 2014 se deve manter moderada, uma melhoria das perspectivas macroeconómicas em todos os principais mercados regionais para 2014 deve levar a fortes condições de demanda de pigmentos.

Bons indicativos para 2014

Em perspectiva para o corrente ano a Kenmare diz contar com o projecto de expansão que já está em operação, o foco da gestão é garantir que as novas instalações se integrem harmoniosamente com as instalações originais e permitir o aumento da produção.

 Para o efeito, a Kenmare irá optimizar as eficiências nas operações com vista a obtenção de economias no custo unitário.

Em relação à estrutura de capital da Kenmare, a companhia diz ter em curso uma discussão com os credores com vista a optimizar as condições de finaciamento do projecto facto que se deve ao encorajamento pelas melhorias ao nível da actividade económica global, o que deve finalmente fluir através da melhoria das reservas e da demanda do Zircão.