Por alegadamente proferirem mentiras sobre
concertação
CTA desmente
Governo e Buque
A Confederação das Associações Económicas de
Moçambique (CTA) veio, esta segunda-feira, à imprensa reiterar o seu total
desacordo pela forma como as tolerâncias de ponto têm sido decretadas nos
últimos tempos no País. A CTA, através do seu vice-presidente Agostinho Vuma,
diz que o responsável do pelouro de trabalho e acção social, Adelino Buque,
proferiu mentiras ao referir, numa televisão privada, que teria comunicado à
Direcção Executiva, por via de uma mensagem sobre a existência da concertação à
volta da tolerância de ponto.
By Elísio Muchanga
Em resposta aos
pronunciamentos do presidente do pelouro de Trabalho e Acção Social da Confederação
das Associações Económicas, segundo as quais, a confederação tem sido informada
das tolerâncias de ponto no País incluindo a de 2 e 3 de Janeiro de 2013 e 7 de
Fevereiro, Vuma veio a público desdramatizar os pronunciamentos de Adelino
Buque como tendo sido feitos fora do mandato.
Segundo o
vice-presidente da CTA, a agremiação reitera o seu total desacordo pela forma
como as tolerâncias de ponto têm sido decretadas nos últimos tempos no país sem
a necessária consulta e contrariando o espírito de diálogo fruto de longos anos
de trabalho.
Falando à imprensa, Vuma disse que no passado
a CTA era consultada pelo Ministério do Trabalho, via comunicação escrita e o
próprio ministro do Trabalho assinava as cartas também na qualidade de presidente
da Comissão Consultiva de Trabalho.
De acordo com Vuma, estranhamente e contra
todas as expectativas, no caso de 2 e 3 de Janeiro de 2014, a consulta foi via
telefónica a um dos representantes da CCT na qualidade de presidente do pelouro
de trabalho que não tem mandato para tomar nenhuma decisão. Já no dia 7 de
Fevereiro nem sequer um telefonema foi feito.
A CTA critica
igualmente o pronunciamento do secretário-geral da CCT, Omar Jalilo e do
Inspector - geral de trabalho, Joaquim Siuta, segundo os quais o governo é
soberano para decretar tolerância quando bem o entender, sendo que a consulta é
um favor.
O vice-presidente
da CTA considera o pronunciamento bastante preocupante, pois “ no entender da
CTA, as acções do Governo não podem implicar danos económicos avultados sobre os
cidadãos e as empresas”.
A Confederação das associações económicas
lamenta a atitude do colega Adelino Buque que mesmo sem mandato para tal anuiu
que nos dias 2 e 3 se decretasse tolerância de ponto, provocando avultadas
perdas económicas às empresas.
Para a
CTA, Adelino Buque proferiu mentiras ao referir na STV que teria comunicado à
Direcção Executiva (DE), por via de uma mensagem, quando na verdade, foi a DE,
que lhe enviou a mensagem a perguntar se tinha conhecimento da tolerância de
ponto para os dias 2 e 3, anunciada pelos jornais e se a CCT havia sido
consultada ou não, ao que ele respondeu que sim, mas que nenhum membro do CCT
pelo sector privado tinha conhecimento, excepto ele mesmo.
A CTA recomenda ao governo para a necessidade
de reflexão profunda sobre tolerâncias de ponto no país, bem como recomenda uma
alteração substancial dos pressupostos da sua decretação e os mecanismos de consulta
que devem ser garantidos às partes afectadas e sempre ter presente o discurso
do próprio Governo de aumento de produção e produtividade bem como a cultura de
trabalho.
Entretanto, Adelino Buque membro da Comissão
Consultiva de Trabalho e presidente de pelouro de Trabalho e Acção Social teria
dito que aquela organização tem sido informada das tolerâncias de ponto,
incluindo as de 1 e 2 de Janeiro deste ano.
Buque, no seu
pronunciamento, teria contrariado as declarações do vice-presidente da CTA
Agostinho Vuma e o director executivo Kekobad Patel que defendiam não ter
havido comunicação com o Ministério do Trabalho e que esta entidade decide
unilateralmente conceder as tolerâncias de ponto.
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