Semáforos da Matola já não
funcionam
… e clamam por intervenção de
quem de direito
Os semáforos da Matola, que comemorou,
recentemente, o 42˚ aniversário da
sua elevação à categoria de cidade, clamam pela intervenção do município há mais
de seis meses. Os semáforos das
principais vias de entrada bem como saída do Município da Matola, à semelhança
de algumas artérias, estão degradados e fora de funcionamento, perante o olhar
impávido e sereno das autoridades municpais. O bairro do Infulene, Zona Verde, Estádio
da Machava, Avenida das Indústrias, a entrada para a fábrica Coca-cola e a terminal
do bairro do Fomento, são as zonas cujos semáforos não funcionam há já bastante
tempo, o que causa congestionamentos constantes nas vias.
By Elísio
Muchanga
Fora a problemática de degradação das vias de acesso no município da
Matola, a sinalização do trânsito no município
vai de mal a pior, pois quase todas as vias de acesso que beneficiaram da colocação de semáforos, no ano antepassado
e passado, estão hoje sem nenhuma sinalização de trânsito – vulgos semáforos.
Mesmo com a comemoração do 42º aniversário da elevação da Matola à categoria de cidade, semana finda, o triste cenário de
degradação dos semáforos não comoveu a edilidade a repor a bela imagem que as
vias de acesso do município exibiam até meados do ano passado.
A deficiente sinalização da via
pública por semáforos, no município da Matola já tem barbas brancas. Já há mais
de seis meses que as principais
vias do município têm apresentado
problemas sérios de sinalização por semáforos, perante o olhar impávido e
sereno das autoridades municipais.
O cenário desolador que caracteriza
a degradação dos postes de sinalização eléctrica pode-se constatar no cruzamento da avenida das Indústrias
e da Eduardo Mondlane – vulgarmente conhecido por “bananeiras”, onde os semáforos
foram colocados e funcionaram apenas pouco mais de 3 meses tendo, porém, começado por apresentar avarias constantes, facto que obrigava a existência
de longas filas de carros nas primeiras horas da manhã, situação que, vezes sem
conta, deixa os automobilistas com os nervos
à flor da pele.
Aliás, neste troço, para além do problema da sinalização, os automobilistas ainda
têm que lidar com a péssima qualidade da
via caracterizada, na sua maioria, por enormes crateras, que também tornam a
vida dos automobilistas num verdadeiro martírio, sempre que se fazem passar por
aquele troço.
Neste cruzamento, os semáforos apresentam-se num estado degradado, escancarados e os postes metálicos dos semáforos “estatelados”
no chão, abandonados à sua sorte, há mais de
seis meses, sem no entanto merecer qualquer intervenção do município.
Já no cruzamento para a Coca-cola,
ainda na avenida Eduardo Mondlane, o cenário
é bastante desolador. Nenhum sinal de existência de semáforo se pode notar naquele
local, pois todas as estruturas metálicas
estão derrubadas há mais de 5 meses.
Ainda ao longo da avenida Eduardo Mondlane, no cruzamento para Patrice, e
estádio da Machava, bem como em outros
locais como Zona Verde e Fomento, os semáforos não funcionam. Aliás, os únicos
locais no município onde os semáforos ainda resistem é no cruzamento do Fomento
e Cinema 700, bem como em algumas artérias na cidade da Matola.
A reportagem do Magazine Independente
interpelou alguns automobilistas para deles saber da sua sensibilidade quanto à
situação. Armando Cossa, automobilista, de 34 anos, disse à nossa
reportagem, estar desgastado com a edilidade pela falta de manutenção de semáforos bem como das
vias de acesso.
Cossa referiu que a falta de
manutenção de semáforos nas principais vias do município contribui, grandemente,
para a criação de congestionamento, sempre nas horas de ponta bem como em horas
normais.
“É muito vergonhoso o que se vê neste município, parece que não há gestores
em toda a Matola. Os semáforos não funcionam. Venho da Zona Verde e há muito engarrafamento
por causa de semáforos. No estádio, o
semáforo também funciona com muitas dificuldades e noutros lugares por onde passei
é pior. O município tem que resolver isto com urgência porque nós automobilistas
é que sofremos no final das contas. Sofremos com os buracos nas estradas e
agora são semáforos”, salientou a fonte.
Jorge Nhate frisou que este problema é do reinado de
Nhancale. “Ele é que criou isto. Lembro-me muito bem que estes semáforos já começaram
com problemas no mesmo ano em que foram colocados.
Não sabemos onde foram comprados se é que foram comprados, mas a verdade é que isto
deixa muito a desejar. Com a colocação disto, há um ano, pensávamos que fosse
melhorar a transitabilidade nas estradas da Matola mas enganámo-nos ou fomos enganados
pois a situação piorou e com o aumento do parque automóvel no município, os semáforos
até poderiam ajudar mas nada disso porque
não há manutenção e isto é coisa da Frelimo, já sabemos”.
Um exemplo ilustrativo e ilucidador, está na avenida
das Indústrias na antiga estrada asfaltada onde há enormes crateras bem em
frente da antiga fábrica de processamento da castanha de cajú vulgo Cajuca.
Falando ao Magazine,
Alberto Mazive, transportador dos vulgo
chapa 100, disse à reportagem do
Magazine que a transitabilidade na via
está caótica principalmente para os transportadores que são obrigados diariamente
a percorrer o troço correrndo daí todo o tipo de riscos desde a danificação da
suspensão até outros problemas mecânicos graves.
“Isto já é demais, o município deveria procurar
resolver este problema o mais urgente possível porque olha: nós os chapeiros é
que sofremos, temos uma receita a cumprir no patrão mas com estes buracos
passamos mal”, disse.
Um outro automobilista
que não se quis identificar, disse que o
município deveria procurar alargar e asfaltar de novo toda a avenida das Indústrias,
desde Mahlampswene até às bananeiras, e
limitar a circulação de camiões que concorrem para a danificação da estrada de
modo a permitir melhor circulação de outras viaturas. “Os camionistas deveriam ser proibidos de circular aqui
porque estes também estragam a estrada, fogem à báscula e vêm criar engarrafamento e buracos aqui”.
Entretanto, o Magazine
tentou, vezes sem conta, sem sucesso,
falar com o vereador das infraestruturas do município da Matola de modo a
pronuciar-se sobre o assunto, facto que não foi possível dado que sempre que a
nossa resportagem se deslocou à sua vereação este não se encontrava presente.
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